Tem a Habilidade visão auditiva que ajuda mt

Por mim, deixava o cara pegar Visão Auditiva de graça pra compensar e fechou

Sentidos Apurados é uma boa também

Não querendo ser o chato, mas...
Se o jogador quer, por pura e espontânea vontade, jogar com um personagem deficiente, ele tem de entender que por mais que existam habilidades que possam ajudar na vida dele, ele ainda é deficiente e tem de lidar com isso.
Dar uma habilidade de graça só porque o cara é deficiente eu vejo como algo totalmente sem sentido. ELE quis ser cego, então ELE que aguente as desvantagens disso ao invés de ganhar mimos ou querer apenas a parte interpretativa e ignorar os problemas que vem junto.

Qual o problema?

Pô Juban, tanto personagem como o Demolidor e Kenshi por aí, e tu vai penalizar o jogador por querer jogar com esse conceito? Sem necessidade. Não é mimo, é balanceamento. E novamente, não vai ignorar os problemas que vem junto, porque o cara ainda vai ser incapaz de fazer coisas tão simples quanto ler uma placa - porém ele ainda vai poder ser útil em combate, ao invés de ser alguém que o grupo precisa carregar nas costas.

Na moral véio, já assistiu Avatar? Jogadora chega pra tu, fala que a Toph é a personagem favorita dela e que quer jogar com uma Druida cega que manipula a terra, tu vai mandar um "Blz, mas tu vai ser mais fraca que geral" na cara dura? Desnecessário, véi.

E não vem com papo de que "Ah, me se é por interpretação, tanto faz a força do personagem". Véio, é um jogo. Jogar com um personagem mais fraco do que todo mundo na mesa e ser um fardo pro grupo é frustrante. Se fosse assim, todas as classes e raças teriam níveis de poder diferentes e jogaria com as mais fracas quem quisesse - além de personagens do sexo feminino começarem com Força 2, afinal, "ELE quis ser mulher, então ELE que aguente as desvantagens disso ao invés de ganhar mimos ou querer apenas a parte interpretativa e ignorar os problemas que vem junto."

Eu curto personagem "snow flake"? Claro que não, mas isso já exagero.

Uma outra alternativa seria o jogador pegar o antecedente Expoente. Mas eu também não vejo problema em deixar ele pegar a habilidade de graça.

E se o jogador quiser jogar com um personagem cego, mas não com um tailox com Visão Auditiva?

Eu não estaria penalizando ninguém, ELE quer ter um personagem deficiente, então ELE que aguente a parte ruim disso.
"Ai, mas o Demolidor", se for pra fazer o Demolidor, vai precisar de uma ficha de nível mais alto pra refletir o tempo que se passou treinando para adaptar-se bem a ausência de um dos sentidos. Fora as desvantagens em termos de regras do sistema.

"Ah, mas vai vai ser frustrante ele ser mais fraco", novamente, o problema é totalmente DELE, ele quer ter uma deficiência, aguente as consequências.

"Eu daria tal coisa de graça", tá mimando jogador sim. Na hora de fazer um personagem deficiente querem, mas querer uma deficiência e não querer - com o perdão da palavra - se foder por causa das suas limitações, é moleza.

Seja por interpretação, seja por gostar de um personagem que possui alguma deficiência, seja porque "parece maneiro o cara ser deficiente e ainda assim sentar a mamona em geral". É uma deficiência, uma "fraqueza", não importa seus atributos, você tem de ter em mente que, comparado a alguém saudável você estará em desvantagem e tem de aprender a lidar com isso.

Não quer essas desvantagens? Simples, não faça um personagem deficiente.

Vai penalizar personagem feminino também, Juban?

E se for um daqueles sistemas com sistema de compra de Desvantagens e Vantagens? Tua regra da casa é que "Peguem Desvantagens por sua conta e risco"?

Não entendi essa dos personagens femininos.

Ah, ai sim, se o sistema possuir essa regra de Vantagem/Desvantagem, o jogador tem como ele mesmo ir compensando algo que ele mesmo quis ter. Não precisa o mestre dar nada pra ele se sentir na desvantagem. Peguei "Cego", mas em compensação peguei "Super Resistência" e "Sonar". Com essa mecânica o jogador não precisa de mimos, ainda é opção dele querer uma deficiência, mas ai ele consegue ir se "balanceando".

Não é o caso do MB, então por isso que eu digo: Quer ser cego? Faça por conta e risco. Quer ser maneta, surdo/mudo, fanho, gago, ter síndrome de tourette? Faça por sua conta e não espere que tenha facilidades por ser deficiente e os npcs se compadeçam de ti a todo instante.

Ah, acho que te entendi.

Acho que a tua filosofia é mais sobre "Eu não vou inventar coisa nova só porque um jogador quis jogar com um troço que não é previsto pelo sistema"

Compreensível, apesar de não ser como eu faço - meu blog literalmente surgiu de eu criando regra pra player poder tornar ideia maluca em realidade.

Por exemplo: Na minha mesa, se um jogador dissesse que quer jogar com um cara que luta desarmado, eu criaria uma classe que torna-se isso viável (http://pontosdemana.blogspot.com/2019/12/mightyblade-3-classe-lutador.html). Agora, se você fosse o mestre, provavelmente só mandaria um boa sorte e deixaria o cara se virar pra fazer isso dentro do que já tem no sistema - e se ficar mais fraco que os outros, que fique.

Enfim, diferente do que eu faço, mas não condeno não - inclusive, faria o mesmo se tivesse sem tempo ou se o conceito fosse muito sem noção.

Como assim cara? Lembre que eu também criava coisa pra caceta - e tem muita coisa que eu nem cheguei a publicar na Toca porque era algo mais "pessoal" da minha mesa/cenário.

Não é sobre criar coisa nova que não é prevista no sistema. É sobre criar algo que, muito provavelmente vai dar problema. É algo mais baseado em minhas experiências, tanto jogando junto quanto narrando para, personagens com alguma deficiência.
No conceito é uma maravilha, mas sempre tinha algum problema. O cara "esquece" de interpretar a deficiência, só interpreta quando ela não vai trazer tanta dificuldade ou então cansa. Justamente por ver que a vida de um deficiente é limitada, por mais que tu tenha algo pra te ajudar a compensar a deficiência, você vive em desvantagem e uma hora cansa de interpretar assim.

Então, sim, se fosse o caso de ser em mesa minha eu automaticamente vetaria a ideia de um personagem deficiente. E muito provavelmente desanimaria de jogar numa mesa junto por causa das minhas experiências anteriores.

Se é interessante pro MB ter uma regra para jogar com deficientes - seja um antecedente ou uma mecânica a parte - eu já discordo. Mas como regra de ouro, o mestre é que manda na mesa dele, então se ele concorda com as ideias dos jogadores e quer inventar uma regra pra isso, só vai fundo.

Ah, então é questão de experiência mesmo. Eu nunca tive problema com essas coisas, então nunca me importo muito, mas tenho minha própria lista de "eu já lidei com esse problema antes e não quero lidar com ele de novo", então compreendo tua decisão.

Sim, sim. É mais minha experiência querendo dizer pros outros "não faz isso não doido, vai dar merda".

Ok, eu vou entrar nessa discussão.

Primeiro, sobre o que é o Mighty Blade: Um RPG de fantasia medieval. O que não é o MB? Um RPG de wushia, Supers, mechas, sci-fi, steampunk ou, enfim, qualquer outra classificação. Mighty Blade tem insiração em histórias classicas centradas na europa - o que, sim, é restritivo, mas a gente precisa manter a concisão de alguma forma. Por isso removemos artistas marciais do cenário. Eles não fazem sentido dentro da proposta - porque, não importa o quão bem treinado um cara seja, ele sempre será mais eficiente em combate usando uma faca ao invés das mãos nuas. Por isso removemos armas de fogo do cenário. Elas não fazem sentido no cenário porque tornariam armaduras obsoletas.

Agora sim, temos magia. O que é muito diferente de super poderes porque em principio, qualquer um pode aprender magia - super-poderes, por outro lado, são "acidentes" que, sim, podem estar ligados à história do personagem, mas são simplesmente acidentes. E nós não gostamos de acidentes no MB. Porque nós acreditamos que um personagem precisa se tornar especial pelo seu próprio mérito e esforço, ao invés de ter vantagens por ser diferente de alguma forma.

E sim, nós temos planos de criar materiais para personagens com deficiências, mas esse é um trabalho complicado porque lida com um monte de questões do mundo real. Nós não queremos retratar deficiências da maneira errada, da mesma maneira como estamos tentando nos livrar de citações à religiões reais: Esses tópicos podem ser sensíveis para algumas pessoas. Essas coisas exigem um monte de pesquisa e reflexão. E no momento nós simplesmente não temos tempo pra isso. Nem tempo nem recursos, honestamente. Então não estamos entrando nesses tópicos.