Durante a narração para meus jogadores novamente o sacerdote desse meu seleto grupo de perguntadores compulsivos me atiçou a curiocidade, A pergunta é “ até aonde onde os deuses consideram algo aceitável” resumindo os deuses eles são totalmente bondosos ou simplesmente representam seu aspecto tanto seus pros e contras Exemplo: Safiron é o deus da sabedoria e do conhecimento mas ele valoriza isso ao ponto de apoiar quem busca conhecimentos proibidos ou profanos como necromancia? , Mirah a deusa da justiça valoriza a justiça mesmo que a execução dela seja feita através da tortura ou até aonde essa justiça é igualitária ?, no caso do “Kratos “ quer dizer HADORN!!!!!! Ele valoriza a guerra independente do motivo alheio mesmo que para isso envolva inocentes ? existe a possibilidade dos deuses terem um lado obscuro mais parecido com os deuses gregos e nórdicos que faziam merdas ( ZEUS apenas dando um exemplo do cara que parece druida do Warcraft só vive mudando de forma, a historia do ganso é traumatizante ) ou os deuses representam aquilo que deveriam representar sempre tendendo a bondade em quanto os demônios seriam o oposto eles representam a mesma coisa que os deuses mas de forma distorcida.
É uma dúvida bem válida. Uma das coisas que me incomodam em vários sistemas de RPG é justamente o maniqueísmo das divindades criadas para o sistemas. Se uma divindade representar o papel do seu aspecto, sem levar em conta a moralidade implícita de bem ou mal, abre-se um enorme leque de interpretação de para sacerdotes e devotos em geral.
Essa pergunta é um pouco complexa. A principio, os Celestiais são encarnações de um conceito - como Conhecimento, Força, Guerra, Justiça - que podem ser extremamente amplos (como Natureza) ou específica (como Frio). Para eles, não existe o conceito de Bem e Mal, porque ambos os conceitos variam dependendo do ponto-de-vista.
Por exemplo: Um Paladino encontra um livro que explica como realizar pactos com demônios. O conhecimento contido naquele livro pode ser usado para causar caos e destruição, portanto, deveria ser considerado maligno, e assim o Paladino o destrói. Para um Sacerdote de Sarfion, isso é um ato herético, já que havia conhecimento dentro daquele livro, e, portanto, o Paladino cometeu um ato maligno ao destruir aquele conhecimento.
Para Sarfion - e seus seguidores - não existe "conhecimento maligno". Todo conhecimento é sagrado e deve ser protegido. No entanto, utilizar esse conhecimento de forma caótica para causar destruição, não seria bem visto. Possuir o conhecimento é uma coisa, usa-lo para causar destruição é outra.
Da mesma forma, um seguidor de Mirah diante de uma lei que diz que um assaltante deve ser executado não vai considerar a morte do criminoso como uma coisa má. É o certo a fazer, é pela manutenção da lei, então deve ser levado à cabo. No entanto, essa lei deve ser justa. Qualquer coisa que vá além da Lei de Talião (olho por olho, dente por dente) deve ser revista, já que se a punição não é equivalente ao crime, então não há justiça na punição. Torturar um estuprador ou um genocida poderia ser justificado, mas torturar, digamos, um espião inimigo para conseguir informações, não.
Esses são conceitos complexos, mas em geral, não se deve aplicar o conceito de "bem e mal" aos Celestiais, mas sim o conceito de Caos e Ordem. Se causará Caos, então e coisa dos Primordiais, e deve ser evitada. Se for pelo benefício da maioria - ou seja, pela manutenção da Ordem - então provavelmente terá a provação dos Celestiais.
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