Por que alguém jogaria como uma astéria? Elas tem 2 pontos a menos do que quase todas as raças do jogo - ainda não entendi porque elas não tem Força 4, afinal, ainda são métade bovino. "Ah, mas elas tem 1.60" Sim, e os anões tem 2 metros agora?
Pode até dizer que foi um caso de "world building > balanceamento" e que só powerplayers se importam com essas coisas. Mas a verdade é que, mesmo jogadores que não se importam com otimização, tendem a evitar build fracas para não se frustrar. E acredite em mim, dá pra se frustrar facilmente com um personagem que falha em tudo ou que é mais fraco do que todo mundo na mesa - meu PTSD de quando joguei com um Faen mal buildado voltaram com tudo.
Enfim, não entendi porque deixar elas tão desbalanceadas. Outra coisa é a cultura igualitária da raça. Numa raça onde o dimorfismo sexual é tão grande e onde a força é tão valorizada, as fêmeas não sofrerem nenhum tipo de preconceito ou restrição me soa estranho.
Enfim, encorajo qualquer um com tempo livre a se juntar a discussão e dar sua opinião aí em baixo.
Cara, que eu lembre é apenas reflexo mecânico das questões culturais.
Elas servem apenas pra procriar, ajudando o minimo em outras funções da sociedade.
Sobre usar ou não, logo que saiu a DC#10 eu fiz uma Astéria Rúnica e curti pra caramba jogar. Ela era tipo uma revolucionária/ativista, mas como viu que as outras fêmeas estavam confortáveis com a situação de "eu sirvo pra procriar, mas em troca recebo proteção e sustento" ela acabou abandonando sua terra natal e foi buscar por reconhecimento em algum lugar que valesse a pena seu suor.
Então tipo, acho que é questão de gosto.
Tem gente que apesar dos 2422 de atributo gosta dos Goblins e ainda assim usa por gostar da raça ou apenas pra zoar mesmo eles tendo a menor soma de atributos junto das Astérias (que só são mais equilibradas). Eu sou muito suspeito pra falar de ponto de vista de equilibro porque ficha pra mim é só um lugar onde anoto coisas básicas, não ligo pro personagem ser forte ou fraco desde que ele me divirta e esteja dentro do conceito que tinha pensado.
Se pensarmos que uma Astéria aventureira destoa tanto assim da média das fêmeas da sua raça, e contando que ela vai ter que cair no mundo e enfrentar o que vier, longe da sua sociedade, talvez a habilidade Adaptabilidade caísse bem.
Pegou rúnica? Eu faria o mesmo, For e Int são os únicos status decentes. Aí ela funciona como min max.
A intenção original era dela ser Sacerdotisa, mas acabou ficando muito parecida com outra personagem minha, ai fiz ele uma rúnica que fingia ser uma forte conjuradora de combate já que as Asterias não são vistas por ai. Kkkkk
No caso do exemplo do Juban, valeria no mínimo um ajuste para 3233. Assumindo que uma Astéria Aventureira é (especialmente) incomum, não vejo problemas em compensar os atributos para deixá-las em par com as demais personagens.
Já Goblins talvez não mereçam o mesmo. :p
O problema é que não podemos definir os atributos e habilidades automáticas das raças baseados nos indivíduos "aventureiros". Pois esses mesmos atributos e habilidades são usados por NPCs de Nível 0 que nunca se aventuraram na vida.
Não proponho um reajuste nas raça em si. Meu ponto é que se alguém quiser jogar com uma raça "não feita" para uma vida de aventuras, um ajuste *pode* ser bem-vindo para a personagem em questão se equiparar às demais.
Apenas uma sugestão de regra caseira para prevenir arrependimentos futuros. =p
Pior que eu concordo. Se um jogador quisesse jogar de Astéria, eu daria para ele um 4 2 3 3, 4 3 3 2 ou até 3 3 3 3. Tanto faz, eu só não quero dor de cabeça depois.
Eu acredito que as Asterías, não precisam de nenhuma modificação, pós para um jogador mais interpretativo elas são `um banquete´ por causa de suas limitações. Imaginar ser uma aventureira quando seu próprio corpo te limita dá uma motivação para tal personagem tentar superar suas limitações.
Um jogador "mais interpretativo" pode fazer isso com qualquer personagem, pois basta dizer ao mestre que vai querer ter -1 em um atributo. Duvido que mestre algum proibiria um jogador de fazer um personagem deliberadamente mais fraco.
Agora o caso contrário não é verdadeiro, quando falamos de jogadores "mais comuns". Existem muitos mestres que não permitiriam que você adicionasse um +1 nos seus atributos.
Sentoki, as Astérias NÃO foram criadas pensando em jogabilidade. A descrição da Raça deixa claro que elas são raras, protegidíssimas pelos machos e as vezes até mesmo vistos como propriedade pelos seus Clãs. Elas passaram literalmente milênios em subserviência, e não tem uma mentalidade aventureira - de fato, em geral elas tem clareza suficiente para saber que são pouco equipadas para deixarem seus clãs e a proteção dos machos. Sim, é uma visão muitíssimo machista, e sim, essa sempre foi a idéia. Os Astérios foram baseados no Minotauro do mito grego, e só existia um, um macho, e nunca houve uma fêmea da criatura. Outros RPGs resolvem isso criando uma cultura de estupro pra que os minotauros possam procriar. Nós optamos por criar uma fêma mais fraca e pouco interessante para jogadores justamente para tentar refletir a idéia de que a maioria dos habitantes de Drakon só tiveram contato com os macos da espécie - e eles talvez nem sequer saibam que existem fêmeas (ou como elas se parecem). Assim como Goblins elas não foram criadas para serem eficientes em uma Campanha. Elas não foram desenvolvidas sequer para serem usadas. Aqueles jogadores que decidirem usa-las, como nos casos citados aqui, só vão tentar isso por questões totalmente interpretativas - e nesses casos, a questão mecânica é pouco importante.
Em termos de jogo, provavelmente a melhor possibilidade para uma Astéria ver jogo seria criar uma Senescal com Séquito, Guarda-Costas - um Astério que lhe protege com a vida - e Habilidades de suporte, pra que, quando houver necessidade de combate, a personagem possa ficar bem longe da ação, que e o que se espera de uma Astéria.
Além disso, se o Mestre não permite flexibilizar o personagem, talvez criando uma personagem com mais pontos de Atributo para se tornar balanceada, então muito provavelmente jogar com uma Astéria não seja uma opção interessante, já que, certamente, será uma campanha pouco interessada em interpretação e sim em pancadaria.
"...se o Mestre não permite criar uma personagem com mais pontos de Atributo, certamente, será uma campanha pouco interessada em interpretação e sim em pancadaria"
Discordo. O que define se um mestre é mais ou menos flexível em relação às regras não tem nada a ver com o quão ele valoriza ou roleplay. Já conheci muitos mestres com preferencias por aventuras onde o desenvolvimento pessoal dos personagens é o foco e intrigas são os desafios, mas que mesmo assim preferiam seguir as regras do jogo a risca para evitar dor de cabeça. Geralmente sobre o argumento de: "Eu não manjo das mecânicas, então não vou brincar com elas. Vamos usar do jeito que tá, pra evitar problemas."
Em contrapartida, minhas aventuras são extremamente focadas em cenas de ação e combates. Porém, como me sinto extremamente confortável em mexer nas regras do jogo, tendo a ser muito mais flexível em altera-las em prol da história ou da diversão de todos na mesa.
Sobre a solução para a raça, eu acho que podiam ter tido umas melhores. Podiam até ter feito o que outros já fizeram com os anões:
"Ei Token, cadê as anãs?"
"Eh, as anãs? Elas estão lá, só que são tão parecidas com os anões que você não percebeu..."
"Ah, tá. Agora tudo faz sentido!"
Ou isso ou só ter ignorado o mito original mesmo. Afinal, é bem comum que esses mitos sempre descrevessem machos. O mitos envolvendo centauros, por exemplo, focavam sempre nos machos da raça. Nos assumimos que fêmeas existiam porque é assim que funciona com a nossa raça. Então você podiam só ter dito: "Existem fêmeas Astérias sim e elas tem os mesmos atributos dos machos". Eu duvido muito que exista algum purista de mitologia grega que ia encher o saco sobre isso.
Enfim, pelo menos elas não estão no manual base. Acho que conteúdos opcionais podem ser mais fortes ou fracos, já que geralmente só são usados por jogadores mais experientes e após negociações com o mestre, desde que ainda sejam relevantes. Os gobelins são icônicos demais para que as pessoas não queiram jogar com eles (só olhar o nome do site) e sua cultura justifica uma vida aventureira muito mais facilmente. Mas, querendo ou não, fazer raças que não encorajem players a jogarem com elas - seja por atributos ruins ou por culturas que não deem espaço pra justificar uma vida de aventuras - é a mesma coisa que gastar tempo para criar "X" opções para no final ter "X-1".
A opção está lá, Sentoki. Tu pode jogar com Astérios machos sem problemas. Ou com qualquer outra Raça, na verdade. E arcar com os problemas e benefícios. Ninguém joga com Astérios Feiticeiros porque eles são escolhas pobres nesse quesito, mas ninguém reclama disso. São opões que os jogadores podem ou não assumir. Tem 11 Raças no Guia Básico. Mais 3 no Guia do Herói. 14 opções, no total. Então não é como se, dentre 28 possíveis seleções para Raças (considerando ambos os gêneros), uma delas ser ruim fosse um terrível problema pro sistema.
Começa pela seguinte pergunta: Porque alguém ia querer jogar com uma Astéria, pra começo de conversa. Que opção tão única ela oferece que nenhuma outra opção pode ser selecionada no lugar? Sim, porque não é como se fêmeas de minotauros fossem uma coisa tão icônica como um Orc, uma Elfa ou mesmo um Fauno. Então e repito a pergunta: porque um jogador decide jogar com uma Astéria, e essa opção é tão importante que pode causar uma crítica ao próprio sistema (ou ao cenário em si)?
Eu não estou dizendo que é um problema com o sistema. Só achei um desperdício.
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