Bem, eu me acostumei a jogar de forma online justamente porque onde cresci praticamente não tinha gente pra jogar RPG (só eu e um outro membro do grupo original ainda jogamos ou tentamos jogar RPG). Nunca vi esse problema de falta de jogador, mas sim a falta de comprometimento e respeito com os outros jogadores. Já tem anos que eu estou sem jogar direito justamente porque eu consigo uma mesa e na maioria dos casos não passa de 3 sessões (quando chega a ter sessão) e a mesa morre por debandada.
De outros sistemas (ou caseiros) sempre tem muito, só olhar em grupos do Facebook, fóruns ou servidores de Discord: De cada 10 mesas, 7 são de D&D e ao menos 1 vai ser de sistema caseiro.

Sobre mesas de MB, a maioria das mesas que conheço são/foram no RRPG. Cheguei a jogar acho que 3 em fóruns, algumas via WhatsApp ou Telegram e teve 1 ou 2 tentativas via Discord. Aqui no fórum sempre tem algum grupo tentando se formar, mas ou falta um mestre ou o horário dos interessados não coincide. No Exploradores vez ou outra a galera tenta formar mesa também e pelo que percebo elas tem se consolidado (inclusive grupo pra streaming).
Se tu quer um grupo de jogo e vai ser mestre, os 2 lugares que indico - fora este fórum - são o grupo no Facebook ou o do Whatsapp, vai chover interessado.

Difícil de encontrar jogadores? Na minha experiência: Não, difícil é achar mestre.

Eu conheci RPG aos 10 anos quando li sobre numa Dragão Brasil que meu pai comprou só porque tinha a Lara Croft na capa - ele nunca jogou RPG, mas tinha uma quedinha por essa personagem. Eu achei o conceito de um jogo onde tudo é possível genial, mas não tinha acesso a nenhum livro de regras ou coisa do tipo. Consegui um manual de D&D 3.5 aos 13, mas nada de eu achar alguém que quisesse mestrar.

Aos 15 eu encontrei um mestre de MB e tomei coragem pra mestrar (presta atenção nessa parte de "tomei coragem pra mestrar"). Depois disso foi a coisa mais fácil do mundo achar jogador, era só chegar e falar "Hey bro, bora jogar esse jogo de tabuleiro novo que eu achei?". Mestrei pra praticamente todos os meus amigos e de cada 5 deles, 1 virou mestre também.

Como tudo na vida "Cada caso é um caso".

Acredito que você teve um pouco de sorte a seu favor Sentoki. Pois na minha realidade a cada 5 amigos que eu convidava para jogar RPG, -1 decidia tentar. Exageros a parte, nunca consegui convencer um amigo de sequer tentar jogar RPG. Acredito que o fator idade interfira de certa forma também, provavelmente sou mais novo que você e a minha geração prefere infinitamente mais um videogame convencional do que RPG de mesa.

Por ter assumido para mim o posto de mestre (Por falta de opção) minha dificuldade é apenas encontrar jogadores mesmo. Meu grupo atual se resume a minha namorada e um amigo, havia outro amigo mas na primeira sessão ele já decidiu nos deixar na mão. Porém gostaria de uma mesa maior, um ou dois jogadores a mais agregariam não só na variedade de raças/classes mas também em diferentes raciocínios na hora do roleplay.

Enfim, fica aqui o desabafo de um mestre ávido por mestrar em busca de novos aventureiros.

Obrigado pela atenção de todos :)

Qual a idade dos seus amigos? E de quais, filmes, series, livros, desenhos, quadrinhos e jogos eles gostam? Acho que analisar o que eles gostam como entretenimento pode ajudar a achar um RPG que eles sejam mais abertos a jogar. Por exemplo, alguém que gosta de filmes de ficção científica, talvez não vá querer jogar um RPG de fantasia medieval.
Tem RPG de todo o tipo, e sempre dá pra adaptar os sistemas que já conhece, também não fique esperando aparecer muita gente pra jogar, a primeira vez que mestrei foi só pra minha namorada. Uma hora vai aparecendo mais gente.
E sempre dá pra jogar um RPG solo enquanto espera os jogadores/mestres saírem da caverna pra jogar skdksdkskdksdks.

Eu te entendo, Abraham.
De fato, minhas tentativas de formar um grupo de jogo tem sido falhas, não sei se por incompatibilidade de gostos, faixa etária ou sei lá. Uns 5 anos atrás eu conseguia apresentar e "criar" novos rpgistas que jogavam comigo ou entre si, depois comecei a me deparar muito com a galerinha que gosta de tudo mais mastigado e não se sentir preso: Não gosta de ler ao menos sobre a raça/classe que queria jogar e não gosta de depender de uma regra/mecânica pra dizer se eles podem ou não destruírem tudo e saírem impunes ou começarem a se socar aleatoriamente.

O que a Anabacate disse é uma boa, tente descobrir mais sobre os gostos em comum de quem você quer tornar um jogador, inclua elementos atrativos nas jogatinas pra que não lhes pareça muito estranho ou tedioso.

E bem, sorte a nossa que temos nossas companheiras para jogar (ou tentar). É que eu sou muito azarado com mesa, senão tentava jogar com vocês, mas muito provavelmente assim que eu entrar na mesa nunca mais conseguiremos nos reunir pra jogar.

Então Anabacate, na época em que eu tentei convencer meu circulo social (Adolescentes da minha idade, na época) a jogar RPG, pensei sobre o fator gosto. E a maior parte das pessoas que convidei tinham como gosto em comum a leitura de fantasia medieval, gosto por videogames do gêneros, grande parte era fã de Senhor dos Anéis e mesmo assim não resultou em nada. Não tiro o peso do demérito das minhas costas (Vai ver eu era chato mesmo KKK').

Juban caso seja do seu interesse. Nosso grupo atual consistem numa faixa etária mais velha (Tirando eu com meus míseros 20 anos KKK'), então são pessoas realmente afim de jogar a procura de oportunidades. Caso queira tentar um novo grupo é só nos chamar. Acredite, a última coisa que queremos e nos tornar aquilo que repudiamos (Os Furões).

E Anabacate, acredite se quiser mas minha primeira experiência como mestre também foi em uma aventura solo para minha namorada. Que coincidência :)

Enfim, não pensei que este tópico geraria tanto debate. Me alegra ver diversas opiniões de pessoas envolvidas nesse meio. Grato pela atenção de todos :D

Não, não. Não penso que vocês se tornariam furões. Mesmo com amigos que confio e conheço o básico da rotina essa minha "maldição" entrou em ação e a mesa "morreu" por não conseguirmos mais nos reunir. (A mestra ficou doente, depois o pc de um jogador pifou, eu fiquei sem internet, por ai vai).

E acredite, eu adoraria jogar, não que a idade interfira de fato, um dos melhores jogadores com quem joguei tinha 14 anos na época e não podia passar das 00h online porque os pais reclamavam e já joguei com cara que joga rpg pelo mesmo tempo que eu tenho de idade e não tem respeito nenhum ingame.

Tópicos assim sempre são legais, fogem um pouco da discussão de regras e ainda assim estão se referindo ao sistema e nossos problemas.

Quando eu comecei a jogar Rpg eu era bem novo ( uns 13 anos) e jogava com um grupo fechado de eu e mais três amigos onde eu mestrava um “sistema” que era baseado em quão difícil é que dado vamo usar dessa vez. Enfim, quando eu decidi levar Rpg como um hobby mais sério eu achei o MB muito atrativo e decidi tentar.
Mas e quanto a facilidade de encontrar um grupo? Bom, jogar com os amigos próximo pode ser muito gratificante e mais fácil para “se soltar” durante a jogatina porém é muito difícil, pelo menos pra mim, depender da disponibilidade constante de um mesmo grupo que por experiência própria eu sei que não vai terminar com a mesma quantidade que começou.
E ficou por isso até alguns anos depois quando no ensino médio um professor falou que iria começar um projeto de Rpg e precisava de algumas pessoas para mestrar e apresentar o que era Rpg e mestrar para elas (claro que escolhi mestrar MB) . De começo eu pensei: “Ok, talvez apareça umas três ou quatro pessoas”. Eu fiquei bem impressionado quando apareceu oito pessoas na sala e que eu acabei mestrando pra sete delas ( até a pandemia começar), sendo que só uma delas não era iniciante.
Então eu acho que na real não é tão incomum achar pessoas que estejam disposta a tentar jogar pelo menos uma campanha desde que o jogo tenha sido apresentado a ela de uma forma mais elaborada do que o antigo “Tá afim de jogar esse troço aq?”.

Vendo a realidade de cada um de vocês, percebo que sou um tanto azarado KKK'. Como disse anteriormente "Cada caso é um caso". Pensando bem posso ter sido um tanto dramático ao dizer "Não encontro jogadores de RPG". Ficaria mais coerente a afirmação do nosso amigo Khajiit Bombado vulgo Juban Albino "Falta de comprometimento e respeito com os outros jogadores". Pois mesmo um azarado como eu em algum momento consegue encontrar um novo jogador, mas ele normalmente fura as sessões sem aviso prévio ou começa com aquela máxima "Não tem classe X? Não tem raça Y? Ah, não quero jogar". Não vou negar o fato de que não sou muito receptível para jogadores desse tipo, pois já tive péssimas experiências com tal.

Enfim, deem suas visões sobre o assunto. Sou o errado por "Repelir" este tipo de jogador? Gostaria de ouvir o ponto de vocês sobre o assunto. Não pensei que seria tão divertido ler opiniões nesse meu post tão despretensioso, me enganei.

Obrigado a todos pela atenção :D

Errado tu não tá. O mestre deve estar confortável para conduzir a sessão, assim como os jogadores que podem não querer se separar com assunto x ou y.

Eu quando ainda narrava era muito chato com isso. Tenho claro, raças e classes que não gosto, mas geralmente eu só limitava as que já tinham causado problemas ou que no cenário não eram compatíveis. E por experiência própria eu sempre barro combeiro, é o estilo de jogo deles mas não é o meu, geralmente eu não coloco muitos combates e eles acabavam ficando putos por não poderem usar o super combo de 300 de dano por ataque e defesa superior que o fazia ser uma muralha impenetrável.

Além disso, não gosto do cara que pensa que "é só um personagem, eu crio outro". Eu gosto de que os jogadores prezem por seus personagens, sem achar que é só criar um novo jogo salvo ou colocar mais fichas como num fliperama. E pior quando a pessoa que age assim não se importa com os outros personagens e age a moda boi.

Sim, sou chato, seja como mestre ou jogador, prefiro ser assim do que jogar com algo que não curto. Ou melhor, ficar sem jogar.

Exatamente, não limito raça/classe tal por luxo. Limito quando ao meu ver elas tem uma dinâmica quebrada e principalmente quando elas não fazem sentido no cenário. O "Combeiro, Power Player, Jogador de Hack and Slash" é um problema que sempre tive que lidar, principalmente entre jogadores veteranos. E ao meu ver eles quebram a diversão do resto do grupo que só quer levar as coisas naturalmente. Muitas das vezes se intrometem no meio uma negociação que estava indo muito bem e simplesmente decidem resolver no soco pois sabem que seus personagens vão aguentar. "Ah, todos os meu companheiros morreram em um combate desnecessário que eu criei? Uai, eles que não sabem jogar!". Esse tipo de comportamento muitas vezes afasta pessoas que simplesmente querem interpretar e testar diversas ideias de personagem.

Gosto de ser o mais receptível possível com novatos para incentivar o gosto por RPG. Mas quando encontro esse tipo de jogador, simplesmente não tenho vontade de mestrar para ele. Fico feliz de saber que não sou o único chato KKK'.

Para mim RPG de Mesa é e sempre será um "Teatro" aonde você põe para fora ideias que não veriam a luz do dia de outra forma e não um videogame aonde eu quero montar o personagem mais OP possível (Dark Souls já supre essa minha necessidade KKK').

Enfim, esse post foi quase uma terapia KKK'.

Rapaz, tanto faz tu ser combeiro ou fazer personagem agressivasso na minha mesa - assim, desde que fora dela você seja um ser humano decente.
Acho que uma das pessoas mais divertidas pra quem eu já mestrei se encaixaria facilmente nas categorias "combeiro" e "meta-gamer". O cara tenta fazer um personagem absurdo e fica "contando PV" no combate, mas ele sabe respeita os outros. O cara deixa todo mundo ter o seu momento nos holofotes, as vezes até chama a atenção de outros jogadores que não fazem o mesmo.

Outra coisa são jogadores preguiçosos, que não leem manual, não fazem ficha e nem backstory escrevem. Outra vez, uma das jogadoras pra quem eu mais gosto de mestrar é assim. Ela tinha fama de "jogadora problema" com outros mestres que eu conheci, mas eu amei ter ela na minha mesa. Sim, eu fiz a ficha dela; sim, eu só pergunto o que ela quer fazer e me viro com as regras; e sim, a backstory foi uma frase inventada 30 segundos antes de começar a aventura. Mas pra compensar, ela é uma das jogadoras mais engajadas e animadas que eu tenho na mesa.

Enfim, acho que o negócio é achar caras que não sejam tóxicos. De resto, é só tu fazer limonada com os limões que eles te derem.

Vou acabar tornando isso meu bordão mas... "Cada caso é um caso".

Não sei se deixei claro no meu post, pois sou horroroso em me expressar claramente. Mas as experiências que eu tive (Foca na palavra EU) com Combeiros foram péssimas. Na maioria dos casos eles simplesmente queria resolver absolutamente qualquer coisa na porrada, pois tinham noção de que seus personagens aguentariam e não se importavam com o fato de suas atitudes serem uma sentença de morte para o resto do grupo. Tal qual o protagonista de um filme de ação genérico, eles queriam falar uma frase de efeito e espancar todo mundo.

Já sobre jogadores preguiçosos, não vejo lá grande problema. Des de que eles tratem com respeito os outros jogadores e não sejam displicentes com horários e coisas do tipo, por mim tá tranquilo. Nesses casos gosto de oferecer uma espécie de questionário para que ele crie seu background encima dele, para eu ter acesso a mínimo necessário para desenvolver o personagem dele com o andar das sessões.

Enfim, grato pela opinião de todos :D