Olá! Tudo bem? Tudo bão? Tô de volta.
Hoje consegui jogar uma sessão de MB como jogador e não como mestre (Fazia tempo ;-;) e durante a sessão houveram certos acontecimentos que deixaram meus miolos remoendo sobre um assunto específico.
TONS DE CINZA!
Não o livro semi-pornográfico (Que infelizmente estragou está expressão), mas tons de cinza no que diz respeito a personagens.
Vou me usar como exemplo; meu personagem é um Anão, e normalmente oque se espera de um Anão? Ser rabugento? Bom com metalurgia? Honrado? Um amigo leal? Alguém que não teme nem foge de combates?
Aaahhh... Não!
Me incomoda o fato de rotular coisas com características pré-definidas e forçar a barra para não fugir do esperado. Algo que eu já me ví fazendo, algo que já ví outras pessoas fazendo, algo que é normal de acontecer.
Não que haja algo de errado com isso, você quer fazer um cavaleiro honrado que ajuda as pessoas mesmo que isso custe sua vida? Faça... Mas até o mais nobre dos heróis é falho, comete erros, sente medo.
E ai que entram os tons de cinza; nem todo mundo é 100% bom ou 100% ruim, acredito que o equíbrio seja o ideal. E por mais óbvio e clichê seja esse meu discurso, as vezes sinto que nós RPGistas esquecemos disso.
Enfim, só queria colocar esse pensamento em palavras. Se você leu até aqui, obrigado :D
Nesses últimos dias ando sem ideias do que postar aqui no fórum, espero que este seja um primeiro de uma nova leva de discussões que eu possa oferecer aos senhos.
See ya!
He, tive uma sessão parecida a pouco tempo. Os jogadores tinham que, praticamente, escolher o "mal menor". Precisavam de um barco pra levar eles para uma ilha onde tinham uma missão. Existiam três opções:
1) Uma aesir contrabandista de drogas que trabalhava para Arkania.
2) Um tailox que já foi um pirata contrabandista de escravos, mas que agora é um homem de bem.
3) Um anão que trabalha para a marinha real, mas é racista e faz vista grossa quando seus homens fazem besteira.
Achei massa que o grupo dividiu no meio e no final não escolheram nenhum dos três, o patrulheiro fez amizade com o tailox, aí o sacerdote matou ele, o guerreiro e a espadachim ajudaram a tripulação do tailox a descer a porrada na tripulação do anão racista.
Enfim, tava todo mundo amigasso da tripulação do tailox, aí chega o sacerdote e fala "O capitão tá morto, supera!" XD kkkkkkkkkkkk
Eu gosto muito de trabalhar com ideias fora do comum, gosto principalmente de imaginar o ponto de vista de criaturas que geralmente são tratadas como o mal, mas de forma em que o mal que elas causam para os outros é a única forma que elas tem de garantir sua própria sobrevivência.
Meus personagens geralmente são bondosos leais/neutros e sempre foco em carisma/vontade pra poder levar todo mundo na conversa.
Certa vez em uma sessão de D&D5e, jogando com o Aarakocra Bardo da escola do glamour lvl 4, eu fiz amizade com 12 kobolds, que inicialmente tinha roubado o ouro da minha equipe, e fiz com que todos saíssem da caverna para que pudéssemos entrar sem lutar com nenhum deles, com a promessa de que iríamos livrar eles do chefe deles que era mau com eles.
Batalhas são interessantes, ideais são importantes, mas nem tudo é preto e branco. Tudo é uma questão de ponto de vista.
Pra mim, essa é a cereja do bolo de mestrar rpg.
Sempre tento colocar os personagens do meu mundo como pessoas que agem conforme suas condições, experiências e desejos ditam, e se elas derem sorte, vão ser consideradas boas.
Acho que o segredo pra uma boa campanha, é o equilibrio, é mto bom se os personagens querem ser herois, ok da andamento pra campanha, mas eu gosto sempre de lançar testes morais para o jogador colocando em confronto algo que ele quer muito, com algo que ele defende como ideal, e isso acaba trazendo reaçoes inesperadas, o que é justamente o divertido de jogar rpg.
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