Boa tarde cavaleiros e cavaleiras.
Recentemente eu tive o enorme prazer de encerrar a minha campanha com uma batalha épica, um cerco a Ironforge, a cidade anã do World of Warcraft.
Porém, eu ainda estou refletindo sobre o sistema que eu utilizei e como posso melhorá-lo. Ele girava em torno de apenas 1 d6, dependendo do resultado o exército do jogador sofreria perdas ou o próprio player levaria dano, podendo levar até a sua morte ou causaria grandes danos às linhas inimigas. Mas aí está o Plot Twist, nada disso faria diferença na história, pois eu já havia montado um script de como a batalha iria ocorrer e escrito e detalhado fatos e acontecimentos que levariam os jogadores até o próximo ponto dela.
TL:DR - A minha verdadeira dúvida, por acaso há algum sistema de batalha entre exércitos já construído? Caso eu queira narrar uma batalha entre dois exércitos como eu posso evitar dela ficar maçante, só rolando dados?
Gostaria de saber mais também sobre a experiência de vocês sobre isso, por favor deixem nos comentários suas histórias como mestre e jogador, sobre o que vocês gostaram/odiaram.
Tem na Dragon Cave 11, mas eu nunca usei
Ah sim, me lembra bastante War e Warhammer 40k, mas e se eu não estiver utilizando tokens? E se eu quiser algo mais focado no roleplay, nas ações dos jogadores?
Eu não curto deixar os jogadores controlarem os exatos movimentos e ataques de tropas e batalhões, afinal, em um RPG os jogadores só possuem controle sobre os seus próprios personagens. Qualquer comando que eles fizessem às tropas seria feito pelos personagens da maneira que tais comandos eram feitos em situações reais (Ex: Os jogadores decidiriam o que cada unidade faria previamente na fase de planejamento e então passariam essas ordens para cada comissário. Os jogadores lutariam nas batalhas individualmente, fazendo ataques e soltando magias, porém dando ordens de vez em quando às tropas).
EXEMPLO DA FASE DE PLANEJAMENTO:
Mestre: Vocês estão na sala de planejamento. Sobre a mesa há um mapa da região e sobre o mapa existem peças de madeira que representam cada uma de suas unidades.
Guerreiro: Quero atrair os seus soldados para o rio, assim poderemos ter uma vantagem enquanto lutam em terreno difícil.
Mago: O Barão não é burro, nunca ordenaria que suas tropas corpo-a-corpo avançassem no meio de um rio. Ordenará apenas que seus arqueiros e magos nos ataquem.
Bardo: Deixa essa parte comigo. Tenho a música perfeita para provoca-los e faze-los atacar, com o Barão ordenando ou não.
Mago: Uhm... A partir daí, eu poderia congelar o rio e...
Guerreiro: Não, precisamos da sua cobertura. Leve os nossos conjuradores para essa colina, daqui vocês podem usar suas magias para manter os magos do inimigo ocupados.
Ladino: Enquanto isso, eu e os meus rapazes podemos passar despercebidos pela por essa floresta aqui à esquerda e ataca-los pelos flancos de surpresa.
Mago: Eu admito que dessa distância será difícil nos ver, mas também será difícil ver eles.
Ladino: É para isso que serve aquele carregamento de lunetas que eu roubei semana passada.
Mago: Amigo, você pode ser um salafrário, mas é meu salafrário favorito.
EXEMPLO DA FASE DO COMBATE:
Mestre: Os dois exércitos se encontram, separados pelo rio. Vocês veem que o Barão tem os números ao seu lado.
Mago: Homens, fiquem abaixados. Não queremos que saibam que estamos aqui.
Ladino: Rapazes, iremos nos mover quando os conjuradores começarem a atirar.
Guerreiro: Preparem-se senhores, deixem que venham para nós.
Bardo: Vou começar a cantar uma música tentando provoca-los.
Mestre: Testes de Vontade.
Bardo: Dezesseis!
Mestre: Os soldados inimigos ficam furiosos e avançam mesmo sob os protestos do Barão. Alguns jogam machadinhas e lanças em sua direção. Qual tua defesa?
Bardo: Doze.
Mestre: Tomou.
Bardo: Posso usar Evasão?
Mestre: Pode... Eles erram todos os ataques, as armas acertam o chão ao seu redor, mas te deixam ileso.
Bardo: TACA A MÃE PRA VER SE QUICA! Aí depois de gritar isso eu volto correndo.
Mago: Agora! Conjuro Bola de Fogo na retaguarda no inimigo, onde estão seus conjuradores. Tirei 13!
Mestre: Você e seus magos fazem com que esferas de chamas explodam aos pés dos conjuradores inimigos, desnorteando-os. Eles achavam estar fora de seu alcance, mas as lunetas aumentaram consideravam mente o seu campo de visão. Ver o fogo em sua retaguarda só encoraja mais ainda aos soldados inimigos a avançar pelo rio.
Ladino: Avancem, mas furtivamente. A pressa é inimiga da perfeição.
Mestre: Faça um teste de Vontade.
Ladino: 9
Mestre: A maioria dos seus homens segue as suas ordens e andam cautelosamente pela floresta, mas você vê que adrenalina faz alguns se afobarem.
Ladino: Maldição!
Mestre: Os inimigos estão na metade do rio. Vão atacar?
Guerreiro: Mantenham seus postos! Arremessem suas lanças e saquem as espadas, mas aguardem até que venham a nós.
Mestre: Teste de Vontade.
Guerreiro: 14
Mestre: Os seus soldados são bem disciplinados e seguem as suas ordens à risca, eles arremessam suas lanças e acertam alguns soldados no inimigo, mas mantem a posição após sacarem as espadas.
Ladino: Já cruzamos a floresta?
Mestre: Já, porém quando saem da floresta, as forças inimigas já aguardavam por vocês. Sim, isso dividiu as forças inimigas, mas vocês não conseguiram as pegar se surpresa.
Ladino: Melhor do que nada. Atacar!
Guerreiro: Eles já chegaram?
Mestre: Sim.
Guerreiros: Não os deixem sair da água! Por Tebryn, atacar!
Bardo: Começo a tocar uma música inspiradora para animar a galera.
A partir daí tu só narra as ações individuais de cada jogador, dando uma ordem aqui, uma inspiração ali, tentando matar um comandante inimigo, etc... De vez em quando vai inserir uma complicação - talvez a moral esteja caindo, talvez o inimigo tenha uma arma secreta, talvez comece uma tempestade, etc - qualquer coisa que obrigue os jogadores a improvisarem e adaptarem sua estratégia original à novas condições que surgirem, mas uma coisa de certeza tu não vai fazer: você não vai fazer os seus jogadores controlarem as tropas como se fossem peças de xadrez.
Caramba, Te chamar agr de sentoki sensei klkkkllkk
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